terça-feira, 29 de julho de 2014

Sem vitalidade

Eu sou o deserto e aqui quase nunca chove.
E o que eu ganho perco em dobro, estou acostumado de perder quase tudo que tenho.
Eu não me considerava um deserto achei que eu fosse o paraíso, mas aqui não chove.
Normalmente eu sou sempre seco e de tarde faz muito sol - e eu o amo, mas de noite faz frio, e ele é triste.
Lembro muito bem estar cheio de cascalhos soltos e pedras e que no passado foram leito de lagos e rios e apresentavam acúmulos de sal (vida), gesso e pedras preciosas.
 Quero de volta a chuva, os rios e meus sonhos. Tudo que é meu.
Sentir os pingos d'água me dava um tesão e um alivio profundo.
Esse é um choro de uma terra seca, mas ninguém percebe porque olham para mim e veem uma miragem de algo que não existe.
 A verdade é essa, a realidade ta aí.

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